Capela de S. Jerónimo - Lisboa - Obra 709

A Capela de São Jerónimo, construída no início do século XVI, apresentava níveis de degradação e vandalismo significativos, o que levou o IPPAR a promover um conjunto de trabalhos de beneficiação no interior e no exterior da Capela. Os trabalhos de conservação procuraram resolver duas questões distintas: uma de caráter estético, que pretendia devolver à pedra a sua beleza natural, através de diferentes ações de limpeza, e outra de caráter curativo e preventivo que pretendia cessar os fenómenos de alteração de origem biológica, por meio de tratamentos com soluções biocidas. 

Com base numa observação macroscópica, constatou-se que o material pétreo empregue na Capela se encontrava em razoável estado de conservação. As anomalias observadas foram, sobretudo, a colonização biológica, a formação de crostas negras, a presença de elementos fraturados ou fissurados, de grafites e de elementos metálicos oxidados. Procedeu-se, inicialmente, à limpeza e ao refechamento das juntas da alvenaria e, em seguida, os trabalhos incluíram, sucessivamente, a limpeza e tratamento com biocida das cantarias exteriores, a limpeza e restauro de cantarias do interior da capela e o restauro de peças de lioz, incluindo o corte, desbaste e bujardado. 

Na execução dos trabalhos recorreu-se quer a tecnologias tradicionais, como o barramento com pasta de cal aérea, quer a tecnologias recentes, como a utilização de injeções de caldas inorgânicas.