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Ponte Figueira da Foz


Reabilitação da Ponte da Figueira da Foz e dos seus acessos. Reparação dos pegões das torres norte e sul.


Os pegões de fundação das torres da ponte da Figueira da Foz apresentavam evidências de reações expansivas. O padrão de fissuração do troço de encabeçamento (a partir da junta de betonagem a cerca de 1m do topo) evidenciava os efeitos fraturantes em volume resultantes da reação álcali-agregado.

A zona de topo dos pegões evidenciava um avançado estado de corrosão das armaduras, com delaminação do betão de recobrimento, certamente devido ao elevado teor de cloretos e despassivação das armaduras por carbonatação do betão.

Admitindo que a zona permanentemente submersa não apresentava sinais de corrosão das armaduras, por falta de oxigénio disponível, adotou-se a seguinte metodologia:

  1. Reparação profunda total de uma faixa com cerca de 1m de altura, em toda a periferia do topo dos oito pegões, pela técnica de substituição de uma espessura de cerca de 8cm do betão de recobrimento por betão projetado estrutural aplicado por via seca com máquinas de câmara dupla.
  2. Reparação profunda localizada numa faixa de 4m de altura, em toda a periferia do topo dos oito pegões, zona correspondente à variação de maré e troço permanentemente emerso, com evidências localizadas de corrosão das armaduras, pela técnica de substituição numa espessura de 8cm do betão de recobrimento por betão projetado estrutural aplicado por via seca com máquinas de câmara dupla.
  3. Reparação superficial, picagem de cerca de 2cm e correção do recobrimento das armaduras para 5cm, nas restantes zonas expostas na baixa-mar não objeto de reparação profunda.
  4. Revestimento desde o troço centrado com a baixa-mar mínima até ao leito do rio, dos pegões do pilar norte, com o sistema de encapsulamento compósito APE.
  5. Execução de reforço estrutural com aplicação de laminados em fibra de carbono, de 60x1.4mm, de baixo módulo – 200GPa, incluindo a aplicação de argamassa projetada com espessura de 1,5cm, para incrementar a proteção mecânica das fibras.
  6. Revestimento por aplicação de barramento epóxido, tipo TRIECOPRIMER, da faixa reparada à maré.
  • Estado de degradação dos pegões antes da intervenção – pegões da torre norte.

  • Demolição do betão degradado e reconstrução de armaduras.